O ano não é o mesmo, a idade então nem se fala. Na verdade, já faz um bom tempo que tudo mudou na minha vida. Tive alegrias, decepções, surpresas e medos, principalmente medos. É engraçado, mesmo com todas essas mudanças consigo perfeitamente me teletransportar pra meados de 2010, meio perdido, ansioso, sem forças pra recuperar algo que eu vi nascer, mas que fez toda diferença na minha vida. Depois de escrever aquele "famoso" texto aqui no blog, eu sabia que tinha uma dívida com muita gente, afinal, eu prometi que voltaria e fiz isso na cara e na coragem. E vou te falar, foi uma experiência única, da qual sem ela eu não teria forças pra renascer algo que vem de dentro, algo que pulsa, algo que eu nunca deixei se apagar em mim. Esses dois anos (2011/2012) me fizeram mais forte, como um teste de fogo pra saber se eu estava preparado pra renascer esse gigante adormecido. Três anos se passaram, muita coisa mudou e é isso que me motiva nessa nova etapa. Novos caminhos, histórias, pessoas e sonhos. Não será fácil, mas de tanto contrariar a lógica, eu não ousaria duvidar dessa banda. O ano I começou.

Treze.

Não é mesmo fácil encontrar respostas. Aquelas que pensavamos estar tão perto, tão quentes, já não nos dizem mais nada, já não brilham como antes, já não andam mais sozinhas. A resposta continua lá, guardada, junto aos erros, ao lado das lembranças, em frente a  solidão. Solidão que passa, que vai e vem, que mostra o tamanho da distância entre o céu e o inferno, a alegria e a tristeza, o início e o fim, eu e eu mesmo. Sou um, mas sou todos, a resposta que não encontro em mim, o tempo perdido em mais uma noite de passos que não me levam a lugar nenhum. Respostas me parecem distantes. O tempo passa, mas sonhos não envelhecem.

Kaká Reis.

Outra Vez.

Roubei esse texto do meu antigo fotolog. Quero(e PRECISO) escrever algo semelhante a este sentimento em 2013. Eu vou atrás disso.

"Foi tenso, vou te falar. Desde o inicio, desde a época que a gente ensaiava lá na casa do Couto a gente tinha vontade de tocar pelo Brasil. Lembro perfeitamente das milhares de tentativas frustradas em que tentamos tocar fora do nosso estado. Só fomos tocar fora do Rio três anos depois da banda ter começado. Como não citar a primeira vez que fomos pra São paulo, em 2006? Tocamos numa casa gigantesca no Guarujá para o que? Vinte pessoas? Tinhamos três shows, dois foram cancelados e acabamos fazendo apenas um, super falido por sinal rs. Detalhe para o publico formado por metaleiros trajados com camisetas do iron maiden e afins. Tragédia anunciada, né?! Pois é, quatro anos se passaram e essa semana fizemos uma tour inesquecivel. Fomos pra Mato grosso do sul, passamos por São paulo, chegamos no Rio, fomos para Salvador, fizemos Fortaleza e fechamos com Belo Horizonte. Cara, não dá pra explicar isso. Sabe o que é você estar do outro lado do país e ver aquela massa cantando as músicas que você fez sozinho no teu quarto? E o que dizer de você sair de uma cidade, ir para outra e ver MAIS e MAIS pessoas que dizem te admirar, que pedem uma foto ou simplesmente um abraço. Essa foi a vida que eu pedi pra ter, ou melhor dizendo, essa foi a vida que eu lutei pra ter."

KakáReis. 

Versos.

 

Eu já andei em círculos, já percorri o infiníto, já perdi o foco, já conquistei o improvável, já toquei o impossivel e já dancei com a sorte. Já ignorei certezas, repeti erros, refiz caminhos, já acertei na insistência mas perdi a aposta. Eu já subi escadas, já caí no chão, já me levantei tantas vezes, com ou sem forças, eu permaneci de pé. Eu já lutei contra o tempo, já perdi batalhas, conquistei aliados e ví o que há do outro lado do porta. Eu continuei buscando, tentei descobrir quem me chamava, como um rival, como um obstáculo a ser batido, e fui desafiado por mim mesmo, a ser sempre melhor do que eu já fui um dia.

1987.

É preciso entender que, por mais que o tempo passe, tem coisas que permanecem intactas. A única coisa que o homem leva dessa vida é a lembrança. Lembrança do que passou, do que marcou e do que nunca, mas nunca mais vai voltar. O tempo passa como um foguete, como eu não percebi que não era pra sempre? Como um retrato velho que, se hoje parece desbotado, um dia já teve todas suas cores reunidas, a gente precisa entender que não é todo dia que um arco íris vai aparecer na nossa janela e que nem todo dia vai ser especial, mas quando esse dia chegar, ah, aí então ele será único, e a gente vai usar essa lembrança como impulso, para que se dias como esse nunca mais se repetirem, que pelo menos eu os tenha guardado comigo para sempre.

O bacana da vida é que tudo de fora parece muito mais bonito do que realmente é. As pessoas idealizam seus moldes perfeitos, traçam aquilo como uma verdade absoluta e não fazem idéia do que realmente acontece nos bastidores. Nem todo sorriso no rosto é verdadeiro, nem sempre mau humor é arrogância, e quase sempre tudo que você pensa é fantasia de algo que jamais existiu. Falar com propriedade de algo que você não conviveu é meio complicado, felizmente oito anos convivendo me deram credibilidade suficiente pra tomar atitudes, que uma pessoa vendo de fora, jamais conseguiria entender. Mas nem por isso a idealização do perfeito deixa de ser bacana, afinal, transformar um falso conto de fadas num dramalhão, tiraria toda a beleza do que é eterno.

Kaká Reis.

2002 -

"Se todo mundo parasse um pouco de pensar somente em coisas materiais, talvez tivessemos motivos para comemorar o que as pessoas tem de mais sincero: O amor. Existem coisas que não se compram, o amor é uma delas. É uma conquista diferente, que te inflama a alma e te completa com aquele pedaço que você procurou por toda sua vida. O roteiro da vida é feito de fases e escolhas, muitas vezes temos que abrir mão das coisas que mais gostamos pelo simples fato de não termos coragem para enfrenta-las de frente. Acredito que as decepções que temos ao longo de nossas vidas nos tornam mais fortes para o futuro. Os erros nos levam a nossa própria evolução,  e é com ela, que daremos largos passos em busca da felicidade." Kaká.